Cientistas da Universidade de Southhampton, na Inglaterra, descobriram um modo de ampliar a capacidade de uma nanotecnologia emergente que pode abrir as portas para uma nova geração de eletrônicos. Em estudo publicado no jornal da Universidade, pesquisadores mostraram como o memristor – alternativa mais simples e menor ao transistor, com capacidade de alternar sua resistência e armazenar multiplos estados de memória – pode ser elevado a um novo nível de performance, depois de experiências com diferentes materiais de composição.
Tradicionalmente, o processamento de dados nos eletrônicos baseava-se em circuitos integrados (chips) unindo vasto número de transistores – chaves microscópicas que controlam o fluxo de corrente elétrica ao ligarem-se e desligarem-se.
Os transistores tornaram-se cada vez menores para atender às crescentes demandas tecnológicas, mas estão agora alcançando seu limite físico com, por exemplo, os chips processadores dos smartphones, que contém em média cinco bilhões de transistores.
Memristors podem ser a chave para uma nova era nos eletrônicos, sendo menores e mais simples em forma do que transistores, operando com baixa energia e com habilidade para conservar dados a partir da “lembrança” da quantidade de carga que passou através deles, potencialmente criando computadores que ligam e desligam instantaneamente e nunca esquecem.
A equipe da Universidade de Southhampton demonstrou uma nova tecnologia de memristor que pode armazenar até 128 estados de memória por chave (switch), quase quatro vezes mais do que a última experiência.
No estudo, os pesquisadores descrevem como alcançaram este nível de performance avaliando diversas configurações de materiais óxidos funcionais, o componente principal que dá ao memristor a habilidade de alternar sua resistência.
O avanço da tecnologia está chegando em um estado de observância pelas autoridades mundiais. As melhorias são um fato, sem dúvidas, no entanto, precisamos pensar, também, nas consequências.