Abro a janela do meu apartamento à prova de ruídos sonoros para escutar o barulho das ruas e, sobrepondo-se ao som de um ou outro motor e pneus rolando no asfalto, escutei prevalecer o sonar do “fuurin”, antigo ornamento que ressoa ao vento, suave mas intenso, deste final de Primavera.
Ele é parte das criações de um povo que aprendeu a interagir com a natureza de seu território insular. Anunciando a força dos ventos, o “fuurin” é um simples sino que, balançado pela ventania produz um ressoar metálico cintilante.