Através da página “Brasileiros no Japão”, brasileiros utilizaram o Facebook para se mobilizar contra a vinda do humorista brasileiro Léo Lins, ao Japão. Motivo: ele fez o público de uma de suas apresentações “stand up” no Brasil, ir às gargalhadas contando piadas sobre o pânico dos japoneses após o terremoto de Março de 2011.
Minha família é de Ishinomaki e, sinceramente não senti-me ofendido com a performance do humorista. Afinal, tanta gente deprimida, precisando de um motivo para sorrir, rir, esquecer seus problemas dando risada da desgraça dos outros, que seja. Quem somos nós, brasileiros no Japão, para impeder que alguns de nós caia na gargalhada?
A semana foi marcada por ações políticas dos governos do Japão e dos Estados Unidos com relação à intensa movimentação da Marinha Chinesa nos mares do Sudeste Asiático.
Criada pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano, aprovada e divulgada no dia 29 de Julho, a resolução 167 condena as atitudes tomadas pelo governo comunista chinês em territórios marítimos de países do Sudeste Asiático. “Nos últimos anos, ocorreram numerosos incidentes envolvendo embarcações chinesas que desestabilizaram a região”, diz o documento.
Do seu lado, nos dias 25, 26 e 27 de Julho, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe visitou três países envolvidos em tensões por disputas territoriais da China. O premiê sugeriu a líderes da Tailândia, Filipinas e Malásia uma ação conjunta para conter os avanços da China nos territórios de outros membros da ASEAN.
Na Malásia, Abe anunciou ao presidente Joe Bidden que o país criará logo o seu próprio conselho de segurança nacional, nos moldes do norte-americano. Nas Filipinas, o presidente Benigno Aquino III recebeu a notícia de que o Japão pode fornecer à marinha Filipina dez veleiros para proteger suas ilhas da ameaça chinesa. Porém, a opinião pública filipina achou pouco. Benito Lim, professor de Ciências Políticas na Universidade Ateneo de Manila, subestimou o impacto dos veleiros na defesa do país argumentando que não serão páreos frente aos modernos armamentos chineses, citou o website do diário filipino Inquirer.
Os abusos do governo comunista chinês na região são numerosos. Além da invasão do território marítimo das ilhas Senkaku do Japão, em Abril de 2013, o relatório incluso na resolução 167 do Senado norte-americano lista a ameça sobre o golfo da Tailândia, águas de Brunei e Malásia. Além disso, embarcações chinesas cortaram cabos de pesquisa sísmica de um navio vietnamita de exploração de petróleo, em Maio de 2011 e barraram a entrada do recife Scarborough, em Abril de 2012.
Ainda em andamento está a presença de navios de patrulha chineses desde o dia 8 de Maio de 2013 ao redor dos penedos Second Thomas, há 195 quilômetros (105 milhas náuticas) noroeste da ilha Filipina de Palawan, na cadeia de ilhotas Spratly.
A edição online do jornal Asahi Shinbun noticiou na última segunda-feira (29) a cínica afirmação do ministro da Defesa da China, Geng Yansheng: “os treinamentos da marinha chinesa no oeste do Oceano Pacífico já se tornaram rotina.” Recentemente o governo chinês publicou mapa oficial na China que novamente adota a contestada linha em “U”, ou “nine-dash line”, como fronteira chinesa nas águas do sudeste asiático, incluindo as Ilhas Spratly (Filipinas) e as Paracel (Vietnã) em seus domínios.
CONTRADIÇÃO: EUA treinam marinha chinesa no Golfo de Aden (Mar da Arábia) em Setembro de 2012. Foto de treinamento anti-pirataria entre marinheiros do destroyer US Winston S. Churchill e da fragrata Yi Yang da Marinha Chinesa. (Aaron Chase)
Após a batalha, chineses que abominaram as façanhas ruins do exército chinês na cidade aplaudem o exército japonês. Esta foto mostra soldados japoneses e cidadãos chineses congratulando-se durante a entrada em Nanking, em 17 de Dezembro de 1937, quatro dias antes do final da campanha. Os cidadãos estão com fita branca no braço. É uma bandeira japonesa dada para diferenciá-los dos soldados chineses escondidos, que trajavam à paisana.
Seguindo a mesma linha editorial anti-japonesa há 67 anos, a rede de TV e internet NHK publicou uma notícia sobre a visita da comitiva de 170 parlamentares japoneses ao templo de Yasukuni, em Tóquio, na qual se referiu com a palavra “criminosos” aos 14 militares japoneses executados no dia 23 de Dezembro de 1945, após serem condenados no Tribunal de Tóquio, durante a Segunda Guerra Mundial.
A matéria contendo a palavra ofensiva ficou online por algum tempo ao longo do dia na versão em Língua Portuguesa do portal NHK World. O texto foi compartilhado aos usuários do Facebook pela fanpage de uma empreiteira, mas foi removida do ar horas depois pelos gestores do conteúdo da NHK.
Como de praxe na pequena mídia comunitária dos brasileiros no Japão, numa avalanche de informações não-validadas, mais tarde foi a vez do site da empreiteira publicar uma “matéria explicativa”, citando como fonte das informações blog de brasileiro residente no Japão e a Wikipédia, cujo conteúdo, de elaboração colaborativa e aberto para constantes edições, tem deficit em credibilidade.
Em sua “explicação”, a empreiteira condenou o patriotismo japonês, usando o termo “nacionalismo”, que ganhou conotação pejorativa no universo esquerdista da mídia japonesa e ocidental. Os acampamentos do exército japonês na Ásia se transformaram em “colonialismo”. O texto foi escrito com base nas informações correntes na grande mídia e afirma que coreanos e chineses “foram massacrados e violados pelo exército japonês”.
O fake de Nanking – Desfazer a lavagem cerebral perpetuada há 67 anos dentro da mídia, universidades e escolas do Japão vai levar, em hipótese positiva, pelo menos duas gerações. O GHQ, quartel general das forças de ocupação constituído por russos e norte-americanos, implementou a tática de guerra de informação para derrotar o povo japonês que, mesmo com a rendição de seus governantes, considerava-se vencedor da grande guerra.
Para este objetivo, o GHQ esteve presente durante seis anos e sete meses no Japão, eliminando todos os focos de orgulho nipônico. Assim como diz a lenda, os árabes atearam fogo à biblioteca de Alexandria, os Aliados eliminaram todos os livros de História, reeditando-os e contando sua versão da História do Japão. Fizeram o mesmo com a Constituição do Japão, um país democrático já naquela época.
Um episódio exemplar é a entrada das tropas japonesas na cidade chinesa de Nanquim. Os soldados foram aplaudidos como salvadores por cidadãos da verdadeira pátria chinesa nas ruas da cidade. As tropas estavam estacionados na Manchúria, naquela época o estado independente Manchukuo, recém libertado da ameaça vermelha da Rússia derrotada em 1905.
Dentro da China, o exército do Partido Nacionalista de Chiang Kai Shek era ferozmente combatido pelos exércitos particulares de líderes regionais do Partido Comunista Chinês, braço ideológico da União Soviética na internacionalização do comunismo. Somando as marchas do exército vermelho, as vítimas de armistícios entre comunistas e comunistas, comunistas contra nacionalistas e a repressão de ambos exércitos contra civís, a China tinha mais cadáveres do que bodes espiatórios para condenar.
Na noite da magnífica chegada dos japoneses à Nanking um agente chinês a serviço da KGB coordenou o sequestro de um soldado japonês, acusando-o de um crime. A falsa acusação elevou a importância da situação e atraiu o exército japonês para o Sul. Abrindo o caminho para os soviéticos do revolucionário Lênin, do ditador Stálin e do “traidor” Trótski alcançarem a península coreana.
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O Museu de História natural de Yokohama foi construído próximo ao sítio arqueológico da cidade, onde moradias pré-históricas foram reconstruídas sobre suas ruínas de 4 mil anos atrás. Em seu livro Japão História e Presente, José Yamashiro relata a presença humana no arquipélago há 240 mil anos.
O termo “índio” é um topônimo, substantivo derivado da localidade “Índia”, país da Ásia, herdeiro da civilização dos rios Indu e Ganges, berço de algumas das culturas mais antigas da Humanidade. Os povos autóctones da América, então um “novo mundo” para a exploração mercantilista, foram chamados de “índios” pelos navegantes ibéricos que, é dito, os confundiram com populares indonésios das ilhas do tempero do sudeste asiático.
Ainda no estágio da coleta de alimentos ou agricultura simples, estes povos nativos assistiram à invasão de seus territórios. Em desvantagem tecnológica, desprovidos de organização militar ou armas para defesa, as civilizações pré-colombianas dos incas, astecas, maias e milhares de nações indígenas da América e Oceania foram facilmente dominadas, em seguida escravizadas e completamente dizimadas pelas potências europeias, primeiro a Espanha, depois a Inglaterra.
Nos territórios que hoje são os Estados Unidos, a Austrália e o Brasil, atualmente o que resta dos seus povos nativos são apenas lendas e pesquisas antropológicas e, no Brasil, um cínico feriado nacional em sua homenagem, o dia 19 de Abril.
Como seria a hipótese de um destes povos nativos de sua terra ficasse isolado do contato com a barbárie europeia?
Essa foi a sorte que teve o Japão. E, assim como na Idade Média europeia, as disputas políticas entre os diferentes feudos propiciou progresso militar e desenvolvimento de artes marciais como a esgrima, códigos de ética e, mais tarde, com o total fechamento do país, o desenvolvimento interno elevou a vida dentro da sociedade japonesa do período Edo ao estado de arte.
O termo nação é erroneamente utilizado como mero sinônimo de país. Na verdade, sob a égide da mesma família imperial há quase 2700 anos, o Japão é a única nação do primeiro mundo. Uma monarquia parlamentarista frente a frente ao momento mais decisivo de sua história: o fim do período pós-guerra, quando as potências europeias tentaram destruí-la, física e moralmente. Um povo que compartilha o território como uma grande família, com honra ao mérito e pouquíssima corrupção.
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As informações a seguir são de uma matéria de minha autoria, publicada no final de Outubro de 2012 em dois websites. Um deles, saiu do ar por falta de anunciantes. Outro, da comunidade brasileira no Japão, misteriosamente retirou o conteúdo da rede. Trata-se da única matéria em Língua Portuguesa mostrando a verdadeira face da rede NHK e precisa estar disponível para consulta.
No final do ano de 2012 o grupo Ganbare Nippon realizou muitas demonstrações da indignação do povo japonês para com a mídia do país.
No dia 27 de outubro de 2013, japoneses buscaram alertar a população sobre as distorções e omissões da rede pública de difusão NHK em frente à sua sede em Shibuya, centro de Tóquio. Foi o quinto ato do movimento de denúncia da mídia do país organizado pelo grupo Ganbare Nippon naquele mês
Os manifestantes são jovens conservadores, homens com trajes sóbrios e senhoras de quimono portando o hinomaru, a bandeira do país. Nenhuma nota foi registrada na grande mídia.
Informações omitidas
Um dos cartazes da manifestação diz: “não reportando os testes nucleares e termonucleares realizadas pela China na “Rota da Seda” (Ásia Central), a NHK expôs turistas japoneses à radiação”.
Segundo relatório do parlamento europeu, em testes realizados no Turquestão Oriental (Xianjiang), o governo chinês matou pelo menos 200 mil uigures, povo natural da região. Além disso, outros 1,5 milhões foram contaminados com material radioativo entre 1964 e 1996.
“Mas o Partido Comunista Chinês afirma que nada aconteceu”, declara o Dr. Enver Tohti, um dos relatores do estudo europeu. A versão comunista é justamente a que tem sido transmitida à população japonesa durante todos esses anos pela NHK.
Além disso, de acordo com Mizushima, a NHK praticamente não tem reportado o genocídio no Tibete.
“Enquanto rede pública de difusão, a NHK deveria transmitir informações corretas para o público, incluindo as crianças. Há quinze anos me empenho para que isso aconteça, mas lamentavelmente a NHK continua a mesma”, diz Yoshiko Matsuura, vereadora de Tóquio pelo distrito de Suginami.
“De modo algum devemos pagar para assistir a programas desse nível”, afirma Oyama Kazunobu, pesquisador de mídia da Universidade de Kanagawa, que afirma não pagar a taxa que a emissora estatal cobra dos usuários.
Por sua vez, Eiji Kosaka, vereador de Tóquio pelo distrito de Arakawa, afirma que “só o fato de a NHK se concentrar nos supostos perigos do Osprey em Okinawa, demonstra que ela não é uma rede de difusão japonesa. Não há motivo para pagar a NHK”. O vereador não assiste à NHK e também não paga a taxa – que não é obrigatória.
“Hoje estamos na era da guerra através de informações, tornou-se impraticável usar a força militar imediatamente. Mentiras e demonstrações, como as produzidas recentemente em toda a China, são usadas para desinformar e, com consentimento do adversário, obter os espólios visados”, afirma em discurso o ex-comandante da força aérea japonesa Toshio Tamogami.
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